sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Corrente do Bem



Vários filósofos, em suas teorias, afirmaram que o ser humano não pode ser um ser individualista, que necessista de seus semelhantes para viver...

Infelizmente, hoje as coisas não funcionam dessa maneira. O Ser Humano é uma das raças mais magnifícas que existem, porém, uma das que mais fracassaram...pois destroem a si mesmos, aos outros e ao meio em que vieram a existir...Isso é realmente, realmente triste.

O que é para vocês, ajudar ao próximo? É simplesmente fazer uma ação de caridade, doando algo para alguém? É o que a maioria das pessoas pensam.

Um dia, conversando com um amigo, ele me afirmou que jamais salvou a vida de alguém. Eu sorri e disse que isso seria impossível...e ele olhou pra mim e perguntou se eu o já havia feito. E eu confirmei com a cabeça. Nós sempre teimamos em enxergar as coisas sob uma única perspectiva...como eu falei para esse amigo, para mim salvar vidas é se doar um pouco para alguém que esteja ou não precisando. Não é simplesmente chegar e dar alguma coisa, mesmo que não esteja esperando algo em troca. E disse pra ele que eu já tinha salvado a sua própria vida, em um momento crítico em que ele se sentia mal e precisava muito desabafar e ouvir algumas palavras de carinho e consolo. Pra mim, isso é tão importante quanto a ação que eu fiz em um dia de Páscoa, quando uma senhora veio à minha porta pedindo o que comer, pois não o tinha há uma semana. É claro que eu desci com um prato feito, mas isso não foi o mais importante, e sim o abraço que eu dei para sufocar as suas lágrimas e a compahia que eu ofereci enquanto ela saciava a fome.

Nós nos apegamos muito ao generalizar as coisas. Hoje eu ouvi mais de sessenta pessoas falando que nunca conheceram pessoalmente um alguém que pratica boas ações. Poxa, fiquei muito triste ao ver que a maioria das pessoas hoje em dia é assim. E são essas pessoas que decidem não fazer nada, e depois ou até mesmo antes reclamam da situação do mundo. Eu tento muito reverter a situação, é muito difícil, sou apenas um Trevor, sozinha não dou conta, mas não quer dizer que eu irei desistir. Não vou dizer que é fácil nos modificar. Não, não é. Nada fácil. Mas o medo sempre quer aparecer, sempre tenta nos limitar de alguma forma. E é sucumbindo ao medo que deixamos de agir. Que deixamos de tentar. Que deixamos de prosseguir e fazer coisas boas nessa vida.

Eu gostaria muito de fazer o meu melhor, não posso dizer que sairei vitoriosa, mas não quero deixar de tentar. Poxa, nós nascemos para ser felizes, mas será que é possível ser feliz sozinho vendo a desgraça dos outros? Eu tenho certeza, que se cada um fizesse quase nada, coisas pequenas, como salvar vidas, o mundo não estaria tendendo para o fim como está a cada momento que é percorrido pelo tempo. É claro que primeiramente não é possível fazer algo por alguém sem antes fazer algo por nós mesmos. Mas isso não quer dizer que devemos ser tão egocêntricos.

Bom, hoje eu só tive uma pequena intenção de deixar aqui um desabafo de mais um devaneio aleatório provocado por fatos quaisquer da vida rotineira.


Não estou pedindo para ninguém fazer algo, pois cada um de nós tem o seu livre arbítrio. Só peço que reflitam sobre a caridade verdadeira, e que com isso pensem em seus sonhos mais profundos, seus sentimentos, seus erros - grandes professores - seus aprendizados, seus objetivos, suas mágoas, as pessoas que vocês gostam, que estão mais próximas a vocês - família, companheiros, amigos, colegas - e em seguida, olhem para o mundo, e percebam que todos somos humanos como você, sentimos as mesmas coisas, e no fim só queremos ser felizes. E precisamos uns dos outros - sempre.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A bela górgona



Górgonas são filhas de Fórcis
Nomeadas Euríala, Esteno, Medusa.
Medusa, mais bela, uma musa...
Cabelos tão negros quanto a escuridão que a noite usa.

Dias passam, Medusa apaixona-se
Seu amado foi Netuno, rei dos mares.
Mares, onde as ondas se movem com o beijo dos ares,
E Medusa em doce sentimento embala-se.

Netuno e Medusa em um templo encontraram-se,
Templo de Minerva, deusa da sabedoria,
Ao saber disso, a fúria provocou sua ira,
E Medusa, uma punição sofreria.

Medusa teve um castigo pavoroso,
Seus lindos cabelos foram transformados,
De belezas para serpentes vivas de aspecto asqueroso,
Assim, a bela górgona virou um ser horroroso.

Em desespero, a criatura refugiou-se em uma gruta,
E como sensível moça, não partia à luta.
Mas seus olhos petrificavam,
Os curiosos que neles olhavam.

Mas essa história ainda não terminou,
Pois um homem que ali entrou,
Para cumprir sua missão, a Medusa matou.
Seu nome era Perseu, nome que na mitologia grega,
Para sempre permaneceu,
E em muitos séculos sobreviveu.

Esse mito os poetas vão contar,
E assim, com muito orgulho, as pessoas essa górgona vai conquistar.
Porque os contos gregos têm muito a mostrar,
E em sonhos e aventuras com eles podemos embarcar.






[Esse poema foi feito há uns 3 anos atrás.] =D