sábado, 28 de fevereiro de 2009

Guia Manauense.



(Ponta Negra, hotel Tropical)

Lá estava eu em Manaus...As pessoas acham que nem se tem tanto o que fazer, por isso resolvi deixar uma listinha para caso alguém queira visistar a cidade algum dia:

Coisas para se fazer em umas férias alucinantes na cidade de Manaus:
- Descer 15 andares de escada em um prédio sem energia; - Tá bom, não precisam fazer isso, mas foi divertido =x !
- Comer em rodízios de pizza [ Meu Deus, nunca vi melhores! ]
- Ir à cidade do Rio Preto da Eva, que fica pertinho de Manaus, para tomar o famoso café regional da Priscila (a maior tapioca que eu já vi!) - além de visitar uma reserva indígena (Beija-Flor) e conhecer o Cristo Amazonense;
- Conhecer algumas plantas do nosso país, como a orquídea da Amazônia e o urucum, essa usada pelos indígenas para pintar a face e os corpos;
- Visitar o Hotel Tropical, o mais chique da cidade, onde os artistas e pessoas importantes se hospedam; Lá há um pequeno zoológico, com várias atrações animais!
- Fazer as trilhas do INPA (Instituto de Pesquisas Amazônicas) e conhecer um monte de animais, como o peixe-boi, a cutia, as enormes tartarugas, os poraquês...
- Passear pelo centro da cidade, visitando as antigas escolas, igrejas, museus, o Porto (eu vi o maior transatlântico da minha vida!);
- Tomar um enorme e delicioso suco na "Skinna dos Sucos" no centro da cidade, onde há o melhor pão com tucumã e queijo coalho; Aliás, o pão com tucumã é um prato regional, a primeira vez nem tem tanta graça, mas vicia!
- Ir à Ponta Negra, onde tem praia e várias atrações;
- Lanchar na padaria "Pãozinho"
- Fazer o famoso passeio de barco para ver o encontro dos Rios Negro e Solimões; *
- Ir à praia da Lua de voadeira, para tomar um solzinho e nadar no Rio Negro (a água é uma delícia!)
- Visitar a cidade Presidente Figueiredo, que guarda consigo as mais belas cachoeiras;

- Assistir espetáculos e/ou atrações no famoso Teatro Amazonas, que fica no centro da cidade - belíssimo durante o dia, fantástico à noite;



- Comer Pirarucú e Tambaqui com baião de dois!

- Experimentar frutas regionais, como o tucumã, rambutã e pupunha;



(Rambutã - Tem gosto de uva!)



Observação: A maioria dos tópicos citados foram experiências próprias, por isso muito bem recomendadas.
* Recomendação da população manauense;

Bem, isso é o que conclui uma brasiliense...Se algum manauense quiser acrescentar alguma coisa, que seja bem-vindo!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Como você mudou!



Muitas vezes ouvimos as pessoas falarem "Nossa, você não mudou nada!" ou "Como você está diferente..."
Estava pensando sobre isso esses dias. Eu lembro da minha infância e da minha adolescência com muitas coisas que já não são mais as mesmas, e é bom ver como eu mudei para melhor em várias delas. Minha mãe estava falando esses dias que eu era muito chata, não queria comer vegetais e legumes (tirando brócolis, que eu sempre amei), e que dava um trabalhão para ela, e hoje eu pareço com ela, porque sou apaixonada por saladas em geral - Se fosse um pouquinho mais proteico, dava até para viver disso...
Eu fui uma criança um pouco atípica. Naquela época, meus coleguinhas de sala não tinham pais separados, o que já era um motivo para eu me sentir exclusa da maioria. Minha história de vida teve muitas separações e problemas de família, que me abalaram de uma forma incomensurável. Se não fossem pelos problemas que eu passei, não seria a pessoa que me tornei hoje em dia. Lembro que haviam coisas terríveis, que eu chorava e sofria como se estivesse próxima de meu perecer. Mas não deixava de ser criança, gostava de brincar - tinha poucos amigos, mas sempre dei muito mérito e confiança a eles, minhas amizades sempre foram uma verdadeira entrega da minha parte, de tudo que eu sou e de tudo que eu penso. Gostava muito de conversar com as pessoas mais velhas também (ainda faço disto um hábito), porque sempre me interessava as experiências diferentes que elas tinham. Gostava de subir em árvores, (hoje eu já fico com medo das cigarras e formigas que estão nela...)e grudar as cascas de cigarra na blusa para tentar abraçar e amedrontar os outros. Uma coisa em especial que mudou completamente era a minha extroversão. Eu adorava cantar e dançar para os outros, me sentia a estrela, não tinha a menor vergonha de mostrar que eu queria ser cantora e atriz (minhas tias morriam de rir!). Sempre conservei minha voz, e realmente quem canta seus males espanta, mas hoje em dia fico completamente sem graça de sair cantando por aí - mas sempre sinto uma pontadinha de vaidade, de vontade de cantar e mostrar para as pessoas a minha voz. Hoje sou cantora de chuveiro, e faço uns showzinhos particulares para as pessoas que me dão corda...
Quando estava no início da minha adolescência, passei por aquela fase - aquela fase, terrível fase - depressão, baixa-estima, tristeza, me sentia indisposta, feia, gordinha, achava que nunca iria ser ninguém, que não tinha nada de bom, que jamais conseguiria arranjar namorado! (Pelo menos nunca tive problemas com espinhas...)
É até meio gozado lembrar de mim mesma com treze anos. Às vezes dava uma tristeza, uma solidão, mas eu não queria sair dela. Me escondia dos amigos pela escola, pra ficar sozinha, "curtindo a tristeza" como diz meu pai. É, eu até gostava. Lembro que minha madrasta me via descer da combe com a cabeça baixa, sem falar com ninguém, sem ter interesse por nada. Me trancava no quarto e me escondia no meu mundinho virtual, de mIRC,ICQ e desenhos japoneses. Devorava dois pacotes de biscoitos Break Up, comia dois pães na chapa com manteiga e mel, e sabe-se lá quantas mais besteiras. Não tinha muito ânimo para sair - a não ser quando havia uma amiga preocupada e persistente (como a grande Rayssa), que insistia nos convites e estava sempre por ali para puxar o meu pé. Se não fosse por ela, não teria lembranças agradáveis e engraçadíssimas dessa época..
Foi difícil largar meu vício de computador e de pessimismo. Eu sempre dizia "Ah, nem cantei tão bem", "Esse meu desenho nem ficou tão bom", "Essa roupa fica feia em mim", "Ele nunca vai me dar bola", e me escondia por trás das telas, porque ali ninguém se importava muito se eu era ou não perfeita, só queriam conversar, como eu. Mas dali também tirei bons proveitos, tenho amigos que moram em outros lugares até hoje, mando cartas, em alguma ocasião nos vemos, e sempre mantemos algum contato (Né Giu?)
No Ensino Médio eu entrei em uma academia, e gostei de malhar, mas ainda não era aquilo, queria fazer algo por mim mesma, e meu cooper só foi descoberto mais pelo meu terceiro ano. Fiz o segundo grau em uma só escola, por isso construí grandes amizades, e vivi dias felizes e memoráveis. Aos poucos fui construindo meus objetivos, meus ideais, meus sonhos. Me fortaleci, aprendi a me enxergar, me aceitar, me gostar. Foi difícil hein!? Mas deu certo.
Hoje, acordo com o mesmo desejo todos os dias: quero que meu dia seja produtivo. Como coisas saudáveis (porque assim escolhi, e descobri que eu realmente gosto dessas coisas integrais e naturais - não que eu também não seja louca por um chocolate), preciso me movimentar, correr, malhar, caminhar, passear, quero ver pessoas, amigos, namorado, família, quero me cuidar, quero sorrir o tempo todo. Raramente, ainda tenho alguns declínios de solidão, mas aos poucos tento transformá-la em solitude. Tenho meus dias ruins, que acordo querendo chorar até não poder mais, impaciente e indecisa. Mas é normal - agora é normal. Sou só uma pessoa feliz, que pula, dança, corre, tropeça, levanta e começa tudo de novo.
E tenho orgulho de olhar para trás e pensar "Nossa, como eu mudei!"