quarta-feira, 21 de março de 2012

Combo Fusion

Olha a careta da galera!

Nesse final de semana eu participei do meu primeiro WorkShop de Tribal Fusion. Ele foi aqui mesmo em Brasília e reuniu vários tribaleiros da região Centro Oeste, foi muuuuuuito bom unir as nossas "tribos"! Demorei um pouco para postar porque estava esperando a minha professora Walkíria Eyre postar no Facebook as fotos do evento. Ah sim, ela tem um blog sobre o tribal, Mittrah como também um blog responsável pelos eventos de tribal em Brasília, além do site oficial.

O Combo Fusion começou as 9 horas desse domingo. Foi uma oportunidade única para fazer aulas com os melhores professores da região, além de ter um preparo técnico de excelência, dando certa capacitação para outros programas mais avançados. Eu danço há oito meses, assim como tinha gente que tava fazendo aula pela terceira vez, portanto foi bem legal e tinha todo tipo de gente! Foram sete aulas no total, sendo que no dia anterior ainda tivemos um curso de sensualidade onde aprendi até sobre Chairdance:
Eu aloca na cadeira com a Surya Macário (que deu a palestra) me segurando. Socooorro!!

No domingo a professora Surya deu uma hora de aula de alongamento, onde todos nós sofremos e esticamos até coisas que nem sabíamos que existiam, foi uma beleza!
Alongando tudo!
Depois o Guigo Alves nos deu uma aula de técnicas e posições masculinas baseadas em capoeira, yoga e danças afro, despertando o nosso lado homem de ser (GRAURR!) o que foi MUITO bom!

Nessa primeira parte da manhã, ainda teve a Júlia Gunesh trazendo um tango fusionado com técnicas de break (quadril, tronco e braços) pensando na ideia da sensualidade novamente, com a ideia da dualidade do sim e não no tango, e a intensidade. Adorei! A coreografia que ela fez com a gente foi a seguinte (a partir dos 0:48 foi tudo improviso dela!:



Tivemos um rápido (rápido meeeeesmo) intervalo de meia hora para o almoço e depois retornamos com a Cíntia Haeser que nos trouxe noções de isolamentos, pops e locks no tribal (em breve posto a coreografia aqui!), depois a Larysse Thomaz deu uma super aula com noções de sinuosidade e fluidez na dança, no estilo que a Rachel Brice geralmente dança (adoooro!).
Pensa que estávamos cansados? A empolgação só crescia! A próxima aula foi da Shabbanna Dark, uma pessoa encantadora que trouxe um pouco do gótico e do dark fusionados na dança (sério, até Rammstein a gente dançou rs) com vááários passos diferentes e intensos! Aprendemos sobre estética e arquétipos na dança, onde cada coreografia traz consigo toda uma história, uma característica própria, que parte do corpo inteiro, do coração, das emoções, e depois atinge o público.
Claro que antes de tudo isso demos uma descansada, meditando e nos autoconhecendo!

Por último, minha linda professora Walkíria sentou com a gente pra conversar um pouco sobre esse trabalho. Cada um falou um pouco de si, nos conhecemos, e falamos sobre várias coisas que são importantes para a nossa liberdade criativa e expressiva na dança, como a busca das origens no teatro e a abolição da autosabotagem, e alguns nomes importantes para se estudar o Tribal Fusion, como a Jill Parker, a Mardi Love, a Mira Betz e outras.

Em resumo, foi muuuuuito divertido, apesar de no dia seguinte estarmos cansados, valeu super a pena, incrementamos bastante nossos conhecimentos sobre a dança e aprendemos uma porção de coisas! Pra mim tem sido uma experiência muito boa porque me permite ter algo gostoso para jogar a minha energia positiva, abrir meu coração, me expressar, ouvir música, dançar, me mexer, criar, imaginar.
É uma boa forma de trabalhar com a autoestima, a criatividade, as nossas capacidades, possibilidades e habilidades. Só me fez criar mais e mais expectativas e vontades!
E você, dança alguma coisa? :)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Elena Kalis + Música


Vocês já ouviram falar da Elena Kalis? Ela é uma fotógrafa diferente, pois se especializou em fotografias debaixo d'água. Eu a conheci pela Bianca que adora fotografias tanto (e até mais) quanto eu!
Um talento russo, formada em artes plásticas, o portfólio e trabalho de Kalis é marcado por fotos lindas feitas embaixo d'água, em seu nomeado Underwater.
Kalis, que mora em um singelo lugar chamado Bahamas (ótimo lugar para este tipo de fotografia), usa o seu estilo “aquático” para gerar fotografias que tornam-se verdadeiras poesias visuais. Algumas delas possuem forte referências em obras famosas, um exemplo são as baseadas em “Alice no País das Maravilhas”.


LinkTem muita coisa interessante, não vou postar TODAS as fotos porque perde a graça, e principalmente porque algumas não estão disponíveis para se baixar, mas você pode vê-las nesse site. Ela tem deviantart também caso alguém use (faz muito tempo que eu não uso o meu!), assim como o site oficial e mais uma porção de outras coisas que você encontra pelo face!

E sem mais delongas, mais fotos legais!


Lindo, não é mesmo? Esse negócio meio teatral e poético me dá vontade de ouvir músicas calminhas, escrever, e de certa forma, sentir uma paz! O som da água do mar quebrando nas pedras e na praia traz tanta calma interior! Pelo menos eu, estou precisando disso por agora. E pra finalizar o início da minha manhã tranquila e renovadora, uma música graciosa da Loreena Mckennit, (: Bom final de semana pessoar!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Síndrome vasovagal


Estamos em 2009.
Estou no aeroporto esperando a Nana chegar. Sinto-me bem, acabei de jantar, meu corpo está sadio, tudo ótimo, exceto pela ansiedade da chegada da minha querida irmã. Olho para a tela com os horários e as informações dos voos e de repente começo a ouvir um zumbido. Minha cabeça rapidamente pesa, os sons desaparecem, e aos poucos a visão escurece. Certa de que há cadeiras atrás de mim, procuro-as para sentar antes que eu desfaleça. Sento ao lado de uma mulher antes que a minha visão escureça completamente e digo "Ei, eu estou passando mal, preciso de ajuda" e sou completamente ignorada. Após sentar e tudo escurecer, aos poucos o corpo ganha resistência novamente. Espero pela recuperação e vou procurar ajuda. Ninguém sabia o que acontecera.
No mesmo ano, me lembro em alguma aula bem dinâmica na faculdade. Estávamos todos de pé e mãos dadas formando um círculo. Eu acabara de comer novamente, e de repente as mesmas sensações voltaram ao meu corpo, que amoleceu e me fez cair para trás. Por sorte, havia uma cadeira para me segurar, e logo mais colegas que puderam me dar socorro. Na época procurei por otorrinolaringologista, pensando que podia ser labirintite devido às tonturas que eu sentia durante e após a síncope. Nada feito, pois as tonturas não me faziam ver o mundo girar, e sim a sensação de que o mundo tivesse continuando sem mim.
As próximas crises ocorreram em 2011, mas com mais força. Lá estava eu num churrasco, após dançar por quatro horas ininterruptas num dia de sábado. Comi horrores, e enquanto degustava de alguns goles de cerveja e tinha conversas tranquilas e amigáveis, novamente voltaram os sintomas. Tontura, cabeça vazia, náusea, zumbido, surdez, visão escurecida, sudorese fria... "Mãe! Estou passando m..." e lá se vai eu caindo sentada por cima das minhas próprias pernas. Durou alguns segundos apenas, logo abri meus olhos novamente com pessoas me segurando e colocando minha cabeça pelas pernas. A reação imediata são choros e soluços. Que diabos...?
Após algumas outras crises que não chegaram à síncope, mas à tonturas constantes e todos esses sintomas, resolvi novamente procurar ajuda médica. Mas qual especialidade? Bem, como não faço a menor ideia, fui à clínica médica. Fiz vários exames, todos normais. Sangue, coração, pressão. Daí me mandaram fazer um exame louco, chamado "Tilt Test". Um exame que realmente provoca um tilt no seu sistema, faz você desmaiar. Você é disposto em uma maca que te levanta até você ficar em uma inclinação de 70 graus. É como se você tivesse em pé mas bem inclinado para trás. Você precisa estar em jejum, e fica nessa posição por 40 minutos. Aqueles sintomas malucos apareceram durante todo o exame, e aos exatos 38 minutos só sei que apaguei e já acordei deitada novamente, chorando e soluçando. Me disseram que o teste deu positivo para a síndrome vasovagal:

"De repente, a visão escurece ou surge a tontura. Rapidamente, a pessoa procura um lugar para sentar-se, justificando: “Foi uma queda de pressão”. Ela não deixa de estar certa, porque pode não passar de uma mera baixa da pressão arterial. O sinal, porém, exige atenção: é um indício de uma doença silenciosa, chamada síndrome vasovagal (SVV). O mal provoca a perda súbita da consciência, repetidamente, associada à impossibilidade de permanecer em pé ou de levantar-se. Os distúrbios do sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle da pressão arterial e do batimento cardíaco, que podem levar à hipotensão, intolerância ortostática (incapacidade de ficar de pé) e, por último, à síncope.
O comando desse sistema é feito pelo hipotálamo, no cérebro. Quando a glândula não funciona bem, causa um desequilíbrio no sistema nervoso autônomo, que se reflete no coração. “O nervo vago tem terminações no coração e, quando a glândula entra em mau funcionamento, ocorre um aumento da função vagal, com dilatação das veias, queda da pressão e dos batimentos cardíacos. É isso que faz o paciente passar mal, desmaiar”
(...) intervalos longos entre as refeições e má alimentação são os principais fatores para desencadear a SVV. “O hipotálamo é muito sensível à falta de alguns sais importantes para o seu equilíbrio”, esclarece. “Por isso, a importância de se alimentar corretamente e, principalmente, de tomar água, que ajuda nas reações químicas do organismo”
(...)
Embora a síndrome vasovagal não coloque o paciente em risco de vida, ela pode ser incapacitante. Desmaios repentinos podem comprometer a qualidade de vida das pessoas: imagine os traumas causados por quedas insistentes e por episódios em situações extremamente delicadas"
(Fonte)

Embora seja algo que não tenha cura, o tratamento constante com uma alimentação regrada de preferência de três em três horas para garantir que o organismo tenha sempre uma reserva de energia e sais minerais, bastante água (pessoas que possuem a SVV precisam beber mais água do que o normal para evitar o desequilíbrio do organismo) e atividade física para ajudar a fortalecer o corpo, é suficiente para que se possa viver no dia a dia.
Hoje ainda tenho crises, elas podem ser desencadeadas por dor, estresse, calor ou frio, qualquer condição que te tire do seu equilíbrio normal, mas com certeza elas foram bastante amenizadas com essa vigilância constante de saúde. Portanto, não se assustem caso me vejam ficando pálida e desfalecendo...! Só espere que a crise passe, a recuperação é rápida, embora algumas vezes ainda sinta tonturas até o dia seguinte.

É realmente uma coisa curiosa esse problema. É como se o corpo não quisesse mais viver, como se ele tentasse realizar uma fuga inconsciente deste mundo. Eu não tinha isso antes, apesar de que a pressão sempre foi um pouco baixa. Estranho como na medida em que passam os anos, nosso corpo fica mais fraco e exige mais cuidado. Sério! Portanto, cuidem de sua saúde, é muito ruim quando nos sentimos debilitados para realizar as atividades cotidianas. Comer bem, beber bastante água, fazer no mínimo meia hora diária de atividade física, são hábitos que a gente PODE ter no dia a dia para evitar uma porção de problemas no futuro.

Porque ninguém gosta de se sentir impotente diante da beleza de viver!