terça-feira, 19 de agosto de 2008

Um pouco de Culturas



Iniciei o meu curso de Pedagogia na Universidade de Brasília. Estou muito feliz, as disciplinas que já frequentei eram exatamente o que eu queria estudar, e eu ainda tenho tanto, mas tanto chão pela frente!
Fora os livros que eu leio, já tive o contato com um bastante interessante, chamado "Cultura: um conceito antropológico", que me despertou um interesse bem maior pela Antropologia. Eu sempre me perguntei "Por que somos tão diferentes, se no fim pertencemos à mesma espécie?" - Observando qualquer animal de mesma espécie, nota-se que os padrões de comportamento deles são todos iguais! Ah...Mas temos diferenças sim. Somos racionais. E como o próprio nome diz, raciocinamos. Dizem que até um ano de idade nós nos portamos de maneira muito semelhante a um primata. Após esse tempo, começamos a desenvolver uma cultura, aprendemos e memorizamos as coisas, com a capacidade de passá-las adiante.
Há pessoas no mundo todo, e o mundo em partes não é igual. É como um organismo: mesmo sendo unidade, possui fragmentos com funções e formas distintas. E determinadas células que habitam esse organismo não possuem as mesmas características funcionais e estruturais, e um bom exemplo é o nosso corpo, que possui diversas constituições celulares. Se eu nascesse num lugar exageradamente frio como o Pólo Norte, me portaria de uma maneira; Se fosse num lugar de clima escaldante, me portaria de outra; Nos desenvolvemos de acordo com as condições que o nosso ambiente natural nos fornece - O clima, o tipo de alimento que é possível plantar ou colher, a matéria-prima que condiciona a construção de roupas, casas e utensílios, entre outras coisas. Não é de se admirar que alguns inuítes construam casas de gelo ao contrário de indígenas, que constroem casas de palha, bambu ou folhas. E é assim que nós humanos, espalhados pelo mundo todo, desenvolvemos culturas diferentes. De acordo com o livro, até nossas risadas caracterizam uma cultura diferente!
É um estudo bastante complexo. A primeira cultura, a primeira linguagem, a primeira voz, a primeira música, os primeiros instrumentos. Muitas coisas que acho muito difícil chegarem a tomar conhecimento. Ainda bem que estamos sempre progredindo um pouco mais, hoje é possível até saber algo a respeito da mulher que tenha iniciado toda a vida humana! Tal fato vem de um documentário produzido pela Discovery Channel chamado "A Origem do Homem", ou "The real Eve" [A Eva real];
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Nos dias atuais, com a tecnologia e as possibilidades de explorar o mundo, é impossível mantermos a mesma cultura. E ainda assim há a tradição forte, como as tribos indígenas que restaram pelo mundo, os rituais japoneses, árabes, chineses...
Eu me recuso a afirmar que possuo uma única cultura. Amo meu Brasil, porém...Canto em japonês, falo em inglês, assisto a filmes franceses, americanos, ingleses, japoneses, chineses, coreanos. Sou amante da literatura estrangeira. Adoro comida chinesa e japonesa, tenho uma vasta coleção de mangás, aprecio uma boa massa italiana, sou fascinada pelo costume e história do povo celta, me encantam as histórias da Grécia, visto quimonos e o que me agradar, pratico rituais cujas origens são mais antigas do que os anos tratados antes de Cristo, vou todo ano às quermesses de agosto do Templo Budista para desfrutar do BON-ODORI (dança folclórica japonesa), comer yakissoba e tempura.
E se for para conhecer e adotar, que me venha mais um pouco de culturas, que sou de mente, corpo, espírito e coração abertos!

8 comentários:

Anônimo disse...

Esse mundão doido tá precisando de mais pessoas abertas como você, sabia disso? =P

Marinho disse...

Eu me vi mês passado em uma sala de aula com crianças de 9 a 10 anos explicando globalização. Quando terminei de explicar, uma linda meninininha me pergunta: "Mas era possível globalização antes do Orkut?"
Ela me derrubou de uma forma fantástica pq realmente a facilidade que temos hoje é doferente da de 7 anos atrás...
Quebrar as barreiras e preconceitos é a primeira grande forma de mostrar ao mundo que está pronto pra ele.

Paty Augusto disse...

Pois é, minha cara!!! E quem disse que globalização tem que ser algo ruim?
Bom mesmo é se abrir para tudo de bom que os outros tem a nos ensinar... e ensinar o nosso bom aos outros também.
Beijos, flor!

Diego disse...

Hummm
Que chique isso aki?

Ah, meu blog é meu paga mico.
To nem aí, conto tudo mesmo!

hauehaea
Espero ver vc mais vezes por lá!
E a gente vai se falando, NÉ?

SUMIDA!!
Já deve ser uma mulher...
e eu ficando véi...
aiai...

Nadim, O maluf. disse...

É importante vermos que alguém nesse mundo de generalizações, achou algo bom na UNIDADE, alguma diferença notável.
E digo mais: Se dez pessoas viram isso antes de você...creio que já é um número otimista.
Admito. Eu mesmo não tinha parado pra pensar que nós temos tantas culturas imbutidas no cotidiano, que nem ao menos nos damos conta.
O simples fato de comermos de outras comidas, vermos outros filmes, já nos integram a outras raças.
Agora me pergunto...:
Se nós nos adaptamos ao meio em que vivemos, em relação à moradia, alimentação...será que nós nos adaptamos também com relação à nossa cultura? Caso sim[presumo que sim], será que a cultura do Brasil não é tão "boa", ou quem sabe acessível, para termos que assistir filmes, comer comidas de outros lugares? Ou isso só explica mais uma vez a temida e querida globalização?

Lua disse...

Oi Lu
Aqui tá lindo..Infelizmente não pude ler todos os textos mas adorei os que li
Beeijos

Diego disse...

Esperando por nova postagem.

Ow...torço muito por você, viuu?
Quero que saiba disso!

Anônimo disse...

Oi Lu
Li o texto..está realmente lindo..tem uma parte que vc falou dificil e eu fiquei impressionada hehehe
Muito legal essa sua característica de estar sempre aberta a tudo..eu sempre tento ser assim..mas infelizmente o preconceito se apossa de todos nós de vez em quando..
Espero que um dia possamos todos, apesar das diferenças, sermos mais iguais..sermos tratados da mesma froma, entende?
beeijo