Como se não tivesse fim...
E eu, atónita, observo as gotas frias
A lavar os prantos em mim"

A chuva é capaz de ilibar até o mal que permanece com as brigas. E brigas...
Brigas são coisas tão tolas...Mas também inevitáveis em nós. Pessoas brigam quando idéias, conceitos ou sentimentos se divergem. Não aceitamos o fato de estarmos errados, geralmente sempre acabamos nos defendendo com o ataque...E os valores somem, o respeito e o limite são transcendidos e acabamos extrapolando...Quantas vezes agimos ou vemos pessoas agirem jogando frases que jamais diriam em seu perfeito juízo? Brigas nos regridem, nos machucam, nos jogam ao chão.
Me pergunto por que elas acontecem...As pessoas precisam se respeitar, e respeito não quer dizer sucumbir às vontades do outro...
Mas afirmo também, caros leitores, que as brigas, por mais terríveis que sejam, são necessárias. Com as brigas, enxergamos além do natural. Uma pessoa em estado agressivo expressa tudo aquilo que não tem coragem de assumir, mesmo que pensasse em coisas por pensar e jamais tivesse intenção de revelá-las. Com as desavenças somos capazes de ver as coisas sob diversas perspectivas, talvez até encontrar alguma solução.
Brigar enfim é uma forma de envolver-nos com o universos dos outros...É um meio de repensarmos nossos atos e agirmos de forma diferente. É uma condição imposta para que possamos refletir e em seguida progredir ou regredir. No fim...Só depende de nós!
Ahh, a chuva...A incessante angústia que molha o mundo lá fora...
Espero que ela passe pelos cantos aflitos e "lave-os embora".
Porque quando a chuva cessar...O sol volta a iluminar todos estes cantos...Todos estes mundos e universos, corações e flores.